Um estudo da Universidade de Ciências Médicas de Tabriz, no Irã, publicado na revista científica National Library of Medicine concluiu que usuários de maconha têm menor risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Esse estudo traz uma nova abordagem a respeito do relacionamento entre a diamba e essa condição, principalmente à luz do crescente número de casos dessa doença no mundo.
O grupo de pesquisadores iranianos realizou uma meta-análise de onze outras pesquisas e quatro grupos de pessoas, totalizando mais de 478 mil indivíduos analisados. Dessa forma, foi possível constatar que a chance de desenvolver diabetes tipo 2 em indivíduos expostos à cannabis foi 48% menor do que nos indivíduos sem exposição à erva.
Os autores entendem que a maconha pode possuir “efeitos protetores” no corpo que minimizariam o desenvolvimento dessa condição. Contudo, alertam:
“Até onde sabemos, nossa meta-análise apresenta as evidências mais atualizadas sobre a associação entre consumo de cannabis e DM2”, afirmam.
E complementam:
“Dada a tendência crescente do consumo de cannabis e a legalização do consumo de maconha, há uma necessidade crescente de projetar estudos randomizados longitudinais prospectivos que investiguem os efeitos honestos do consumo de maconha e forneçam diretrizes práticas para gerenciar o uso de cannabis”.
Na prática, por ora pouco muda na vida dos pacientes atuais. Contudo, esse estudo aponta para a comunidade científica a necessidade de se estudar mais a fundo a relação da cannabis com a diabetes, o que pode gerar outros novos estudos, desenvolvimento de novos medicamentos, novas tratamentos, etc.
